12 maio, 2006

Voltem da merda ! ! !

É interessante como ser "certinho" parece mesmo não "funcionar". Mandei todo mundo à merda no post passado e ficaram todos mais felizes do que com qualquer outro post meu desde o começo do blog! Teve um outro dia em que eu fiz outra coisa parecida e um amigo meu me falou que eu estava ficando mais interessante do que era antes, quando eu era todo cri-cri e preocupado com o que eu ia parecer para Deus e para o mundo. Enfim, vai entender! Fiquem tranquilos, não vou mais mandar ninguém aqui ir à merda. Não é da minha índole. Mas, peraí, acho que vocês não vão gostar, não é mesmo? Quer saber, dane-se! Não estou aqui para agradar. Não mando ninguém mais ir à merda e pronto! Não sou eu, não faz meu tipo e, se você não gostou, então vá à merda! (Pronto! Acho que assim eu agrado a gregos e troianos.)

Isto me lembra da cena insólita que foi meu avô mandando um sujeito que estava lhe passando um trote ao telefone ir à merda. O meu avô era o estereótipo do "certinho". Uma criatura que devotou sua vida ao cuidado da esposa e de seus decendentes, sacrificando muitas vezes a própria individualidade em função disso. Que dirigia como um autêntico "vovô", a 70% da velocidade limite da via, mas na faixa da direita. Que não falava palavrões, não cometia nem pequenos delitos tais como fazer cópias de CDs e pagava todos os seus impostos e contas em dia. Que não fazia nenhum tipo de extravagância, gastava seu dinheiro de maneira racional e comedida, tendo registradas todas as movimentações do mês em uma planilha do Excel. Que __________________. (Exercício: preencha a lacuna acima com uma característica do estereótipo do "certinho".)

Nos meses finais de sua vida (com muita saúde, ao menos aparente, diga-se de passagem), eu costumava visitá-lo com uma certa regularidade. Em geral isso acontecia no fim da tarde, começo da noite, mais ou menos no horário da novela das seis ou das sete. Ficávamos lá eu, ele e minha avó, todos no cômodo de sua casa que servia como uma espécie de escritório. Ele no computador com suas planilhas, minha avó assistindo a novela e eu estudando em sua mesa. Todos em um silêncio quebrado esporadicamente por um comentário a respeito do que acontecia na novela ou uma pergunta a respeito de como andava minha vida ou o que eu estava planejando, sempre feitos por minha avó. Frequentemente meu avô acrescentava alguma coisa à minha resposta. Em seguida voltávamos nossas atenções novamente para o que estávamos fazendo.

Um belo dia, nos encontrávamos na configuração descrita no parágrafo anterior quando alguém liga passando um trote ou por engano. Não sei exatamente o que falaram do outro lado da linha. Na primeira vez meu avô foi tipicamente educado. A ligação se encerrou e tudo voltou ao normal. Em seguida o telefone toca novamente. Era a mesma pessoa. Após alguns segundos, meu avô perdeu a paciência, soltou um "VOCÊ VÁ A MERDA!" dos mais enérgicos e espontâneos que eu já ouvi e, em seguida, colocou o telefone no gancho de forma atipicamente violenta! Minha avó ficou escandalizada e eu me segurei para não cair na gargalhada a respeito de uma das situações mais insólitas que eu já havia presenciado.

Chegou o momento das elocubrações despropositadas e pouco ou nada fundamentadas. Seria este um desejo seu de muito tempo? Mandar alguém à merda com sinceridade está entre as melhores coisas ruins que se pode fazer para alguém. Quando você manda alguém à merda, uma parte sua, em geral a ruim, vai junto e fica por lá mesmo. Mas eu também não quero fazer aqui nenhuma apologia à falta de respeito. Procure pelo menos saber se a pessoa que você está mandando ir à merda está com vontade de fazê-lo. Como pude constatar no meu experimento na semana passada, algumas pessoas levam isso numa boa, outras pedem pra você esperar um pouco que elas estão ocupadas e outras não querem mesmo ir à merda. É por isso que eu tomei a decisão de não mandar mais ninguém ir à merda, como já disse no começo.

Sobre o que estávamos falando mesmo? Interessa ainda? O parágrafo anterior não deveria conter elocubrações despropositadas e pouco ou nada fundamentadas? Sim!

05 maio, 2006

There and back again!

A merda já não pode mais se tornar alimento. Ou não. Também não me importa. Meu estado psíquico que se forrends! Estou de volta. A periodicidade desta vez será semanal. O programa de sexta do Universal Channel é uma bosta e usarei este tempinho para escrever alguma coisa aqui. Adianto que talvez vocês tenham menos motivos para gostar daqui desta vez. Mas a escolha é de vocês. Peço perdão se por um acaso eu não retribuir visitas aos blogs de quem vier aqui. Estou altamente sem tempo este semestre.

Não sei se eu já falei isso alguma vez, mas a política de não responder comentários ou fazer maiores esclarescimentos a respeito do que eu escrevo continua. Neste mesmo espírito, eu me reservo o direito de não explicar direito o por que desta postura. No entanto, todos eles são totalmente bem vindos e de grande valia. (Para mim, é claro!) Se bem que vocês também têm o direito de usá-los da maneira que bem entenderem. (O que é exatamente o que eu estou fazendo.) Como disse antes em outras palavras, se você não entendeu, o problema é seu. Não estou aqui para discutir meus problemas ou idéias, mas para expô-los e captar o que as pessoas pensam disso. Ah, sim, há uma excessão (ou exceção, sei lá...) para esta regra. Se por um acaso você tem meu MSN, você é livre para conversar comigo sobre o que quiser. (Desde que eu queira também.)

Acho que é basicamente isso. Sexta que vem a gente começa de verdade. Não custa lembrar: se você tem alguma dúvida, morrerá com ela a não ser que descubra sozinho como saná-la. Sim, tornei-me alguém altamente bruto e sarcástico nestes últimos dois meses. Parece que esta é a única maneira de se praticar o bem no mundo que criamos: sendo autoritário e sarcástico; obrigando as pessoas a fazerem o que elas realmente desejam. Daí todos vão te odiar. Isto irá te livrar dos paparicos, mas você não se importa. Sem eles você consegue ser uma pessoa melhor para o mundo sem distrações fúteis. No final você morre sozinho e se arrepende um bocado da forma como tratou as pessoas mas isso também não fará a menor diferença para ninguém, a não ser sua família e seus amigos mais próximos, mas só por uns meses.

Então, resumindo, nada importa! Nada mesmo. Nade também! Faz bem à saúde. (Preciso voltar a nadar.) Nada importa. Apenas a eternidade importa. (Para quem acredita!) Se você está deixando que sua felicidade dependa do que você tem ou deixa de ter, do que você é ou não capaz de conquistar, então você é um grande idiota, assim como eu. Havendo ou não uma eternidade e seja ela como for, isso aqui vai acabar um dia, nem que seja daqui a cinco bilhões de anos, quando o Sol engolir a Terra. (Não se iluda achando que saberemos como morar em outros planetas daqui até lá.)

Vão todos à merda! (No melhor dos sentidos e com todo o respeito!)