Feliz Natal e Volte Sempre!
Tem tempo que eu quero ressucitar esse blog. Minha última tentativa foi no dia 17 de Dezembro de 2007. Comecei a escrever o texto abaixo, que parou no ponto em que se encontra, não me lembro por quê. É com ele mesmo que eu faço mais uma tentativa de voltar.
"Eu não deveria estar aqui escrevendo, já que meu braço dói. Sou um motor. Piada interna difícil de explicar. Mas ano passado funcionou tão bem que eu resolvi tentar de novo.
Ontem nasceu mais um malfeitor em nosso país. Provavelmente nasceram vários mas eu quero falar de um em particular. Envergonho-me de nem saber seu nome, pois isso somente piora as coisas. Mas jamais irei me esquecer da forma como ele me olhou pela última vez. Eu poderia ter feito alguma coisa. De fato, eu sabia o que eu poderia ter feito. Mas não fiz. E por isso envergonho-me.
Quando eu passei por ele pela última vez, senti seu olhar me dizer: você me entende; eu só queria que alguém tivesse me ensinado a cantar; isso já é alguma coisa mas está longe de ser tudo, já
Quem me conhece sabe a aversão que eu tenho por telefones celulares. O telefone celular certamente estará na continuação do post Dez invenções estúpidas (Parte I/II). Lá eu explico.
Era um coro bonito. Afinado, forte, apesar de pequeno, cantando belas canções de Natal na porta de uma loja da VIVO, no caminho para o Banco. Graças a Deus sou imune a propagandas de telefone celular. Não haveria o menor risco de eu querer chegar ao menos perto da vitrine, então resolvi descer do cavalo para acompanhar um pouco da cantoria.
O ser humano é tocado pelo que é bonito. Isso é fato. Não estou falando de mim não. Estou falando de um ser provavelmente muito mais humano que eu. Mas ele não poderia estar ali. Pelo menos é o que pensam os donos do mundo. Estes também pensam que uma balinha deveria ser o suficiente para comprar seu silêncio e sua ausência da cena. Não podemos arriscar sermos humanitários e perder clientes. O importante não é o Natal, mas a quantidade de celulares que conseguimos vender nessa época do ano.
Você deve estar pensando: mas isso é óbvio, não é? Bem óbvio! Tá. Eu sou apenas mais um imbecil metido a besta pensando que está inventando a roda escrevendo uma coisa dessas. Mas e você?"
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