10 fevereiro, 2006

28° Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília

Tirando o ouvido da miséria (Brasília, 2006)

- Estais prestes a ouvir um piano-trio
   Três músicos de um lugar onde faz frio
   Violino, violoncelo e piano-forte
   Na experiência dos já perto da morte

   Você é um garoto de muita sorte
   São todos musicistas de grande porte
   Dedicaram suas vidas, anos a fio
   Pode ver em seus semblantes que têm brio

   Vai começar; não quero mais nem um pio
- Em pé, tomo notas para que reporte:
   Eu agora entendo, e me silencio

   Na sala, não há um só lugar vazio
   Já não sei onde estou, já perdi o norte
   Queria eu ter-te aqui, "amore mio"!


Aos que dedicam suas vidas a seus instrumentos.

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Não preciso de drogas, só de música ao vivo! (Brasília, 2006)

A audiência é comportada
Mas aplaude uma boa jogada
A turma bem preparada
É de pé ovacionada

Jazz ou Música Brasileira
Pra muitos não fede nem cheira
Mas é como estar sobre uma esteira
Vagando sem eira nem beira

Sonoridade Tupiniquim
Sacia meu ouvido faminto
Não ouço nada, apenas sinto

A música dentro de mim
Me sinto em uma variedade afim*
Estou embasbacado, não minto


Esta eu ainda não sei a quem dedicar.


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* Se quiser, pense numa variedade afim como sendo um Universo paralelo a um Universo abstrato. Só posso dizer que o show que inspirou este soneto foi incrivelmente bom!

2 Comments:

At 12:07 AM, Anonymous Anônimo said...

Queria eu ter-te aqui, "amore mio"!

hehehe nessa rolou uma forçada de barra... po, tu empolgou mesmo neste lance de poesia né? e tá bacana!! quer montar um banda... eu sou um baterista de punk rock sem experiencia e sem bateria e com tecnica pouco apurada!!

 
At 12:05 PM, Anonymous Anônimo said...

Nossa, o show deve ter sido deveras supimpa, pq com certeza vc estava inspirado! Os dois poemas muito, muito, muito bons mesmo!
Eu tb não preciso de drogas, só de música, amigos e risada! Hahahahahahahahahhahahaha!

Em tempo: o banco foi assaltado comigo dentro. Não achei bom, e não desejo pra ninguém passar pelo que nós passamos. E sei lá, imagina você ter o seu local de trabalho, que é praticamente o seu lar (meu, pelo menos, visto que eu passo mais tempo lá do que com meus pais, por exemplo), inavadido por pessoas de alta periculosidade (estavam bem armados, então pra mim eram muito perigosos!).
Eu sou contra tirar a porta giratória de bancos, e eu acho que o Serra devia tá muito loko de tudo quanto é droga quando ele teve essa "brilhante" idéia. Se com as portas giratórias, as barbaridades já acontecem, imaginem sem elas? Vamos abrir logo as portas e dizer: e aê, bandidos, fiquem a vontade pra levar tudo!!!

 

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