13 agosto, 2006

Eu te amo é bom dia sim!

Tenho visto no Orkut comunidades muito cheias com títulos do tipo "Eu te amo não é bom dia!", onde reclama-se da banalização do uso do verbo amar. Minha primeira atitude foi a de procurar tal "banalização" no meu universo. Não sei se é exatamente isso que os participantes destas comunidades querem dizer mas me dei conta de que meus amigos evangélicos me falam "Eu te amo!" com significativa mais frequência que meus amigos não-evangélicos. Bom, não sei quanto a vocês mas, em tempos onde mal se vê as pessoas dizerem "Bom dia!" umas para as outras, eu acho que o uso do verbo amar tem mais é que ser banalizado mesmo! E se um dia a palavra se tornar muito fraca, não se preocupem, surgirá uma mais forte para cumprir o papel que ela assume hoje em dia. Este não é o primeiro ponto a ser considerado, mas acabei de pensar nisso e acho que se encaixa bem nesta parte do texto. A língua evolui e algo como "vá à merda" (putz, de novo!), que já foi uma grave ofensa, se torna algo agradável aos ouvidos de muitos.

É muita pretensão julgar que a pessoa não te ama de verdade e não deveria estar lhe falando aquilo com tanta naturalidade. Pelo contrário, em um mundo onde existem comunidades virtuais com milhares de pessoas reclamando dos grudentos que repetem o tempo inteiro "Já disse que eu te amo?", que quase qualquer coisa é motivo para se achar que fulano está dando em cima de beltrana ou vice-versa e que praticamente qualquer atitude é indicativa de segundas intenções, dizer "Eu te amo!" deve ser relativamente difícil. Pelo menos eu sou um dos que gosta de usar "Eu te amo!" como bom dia e acho difícil fazê-lo da maneira que eu gostaria. Às vezes eu demoro bastante até ter certeza de que a pessoa entenderá realmente o que eu estou querendo dizer.

Qual é? Quem é o mané que não gosta de ouvir eu te amo? Você prefere eufemismos do tipo "Você é fantástico(a)!" ou "Cara, te adoro!"? Você prefere que não lhe digam nada? Eu posso te mandar ir à merda, se você quiser. Mas prefiro falar que eu te amo!

05 agosto, 2006

Me equivoquei...

A função logarítmica fez amizade com os peixes; agora já não pode mais falar com os homens. Mas depois do incidente na biblioteca, dificilmente ele seria considerado por si mesmo um homem novamente. Sendo assim, ele ainda poderia contar com ela, a menos que ela considerasse inaceitável o fato de que ele come sardinha.

Mas é melhor comer a sardinha morta do que viva, não é mesmo? Mandou dizer que ela que fique com seus ramos e multivalores se não quiser papo com ele.

Ele e ela. Quem são eles? E por que não elas? Está implícito que ela é a função logarítmica. Ele, no entanto, pode ser qualquer um, inclusive "ela" (exceto a função logarítmica).